terça-feira, 27 de setembro de 2011

Same Old Fears

O que dizer, o que fazer. O que pensar, como agir. Onde olhar, o que admirar. E de qualquer jeito, você estará errado. Medo do escuro. do que tem embaixo da cama. Medos que não são superados, são apenas disfarçados com outros nomes.
O medo do escuro, se torna medo do claro. As pessoas podem ver, podem te entender mal. É tão mais simples se esconder.
O medo do que tem embaixo da cama, se torna o medo do que tem em cada esquina, atrás de cada porta, dentro de cada carro, montado em cada moto. Medo do desconhecido, do que não entendemos.
Medo de olhar nos olhos, vai que conseguem ver nossas podres mentes através deles.
Ficamos velhos, com os mesmos velhos medos. Mesmos medos, diferentes sonhos. Não somos os mesmos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Tentativa de Libertação - Dia 149

Cinza, o sol não está lá fora. não venta, parece frio. Mas estamos todos suando. Talvez não todos. Mas eu estou. Mas não sei como está lá fora, não consigo sair. Aqui está frio, mas é bem provável que seja só psicológico.
Olho para os outros, tento entender o que eles sentem. Não consigo, são caras fechadas como cofres, os quais talvez nem os próprios donos saibam a combinação. Mas o que somos, além de cofres isolados uns dos outros, em eterna quarentena ?
Pode chover, secar, ventar. Nada muda. Fracos, todos somos. Sozinhos, mas sempre acompanhados.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O Teto

Você se deita, olha para cima, vê um teto. Talvez não haja nada de tão especial nele. Ele sempre esteve ali. Por mais inconsciente que seja, você sabe que esse teto está ali, para te proteger do vento e da chuva, do calor e do sol. Você nunca imaginou como seria sua vida sem este teto, você nunca pensou que um dia ele poderia cair. Até que um dia ele cai. Motivos idiotas, talvez até sem motivo. Mas caiu. Agora você sente o vento, se molha na chuva. Mas em meio aos destroços, do que parecia eterno, você olha para cima, ao se deitar, e percebe, que agora, consegue ver as estrelas.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Pois um dia, até o pior dos diabos irá chorar.

Será ?

Uma vez, quando eu era um criança, me perguntaram o que eu queria ser quando crescesse. Eu respondi que seria rico e teria uma Ferrari aos dezoito anos de idade. Não entendia o que era ser rico e ter uma Ferrari.
Alguns anos depois, a mesma pergunta. Dessa vez eu disse que queria ser um médico, para melhorar o mundo. Não entendia que esse mundo não tem cura.
Me repetem a pergunta, e eu digo com convicção que serei advogado. Mas me lembro de todas as outras vezes que sonhei com tant convicção e certeza, e terminei desiludido. Não haveria ali algo que ainda não consegui entender ?